Notícias | 13 agosto, 2025
Ministério assina ordem de serviço para dragagem do Porto de Natal

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou, nesta segunda-feira (11), em Natal investimentos superiores a R$ 120 milhões na modernização da infraestrutura portuária do Rio Grande do Norte, incluindo a dragagem do porto da capital potiguar, construção de dolfins para proteger os pilares da Ponte Newton Navarro e reforma de armazéns e galpões, com instalação de uma usina fotovoltaica. O pacote de obras prevê ainda a criação do Porto-Indústria Verde, com uso de energia eólica offshore e hidrogênio verde.
No caso da dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto de Natal, o objetivo é elevar a profundidade para 12,5 metros e permitir a atracação de navios de até 237 metros de comprimento. Já a construção dos dolfins nos pilares centrais da Ponte Newton Navarro, orçada em R$ 50 milhões com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), visa a proteger a estrutura de impactos de navios e melhorar a navegabilidade, inclusive à noite.
A expectativa é, com o fim das obras, elevar a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Natal, que, na safra 2024/2025, atingiu o volume de 131.537 toneladas. Para a próxima, a estimativa do governo do estado é chegar a 300 mil toneladas movimentadas e fazer do terminal natalense um dos principais do país na exportação de frutas. “Essas intervenções fortalecem o papel do Porto de Natal como principal porta de entrada e saída para cargas”, afirmou Silvio Costa Filho.
Para os estudos de viabilidade do Porto-Indústria Verde, em Caiçara do Norte, foram liberados R$ 11,6 milhões. O projeto será focado em operações de energia eólica offshore, hidrogênio verde e múltiplos usos, contemplando análise socioeconômica, avaliação ambiental e definição de soluções logísticas.
A governadora Fátima Bezerra lembrou que a construção dos dolfins nos pilares da ponte é reivindicação antiga do governo do Rio Grande do Norte e que, com eles, será possível a navegação noturna, proibida desde 2012. “Há anos batalhamos pelas defensas, ou dolfins, essenciais para ampliar a capacidade de mobilidade. Sem essas defensas, o estado paga um preço altíssimo desde quando a navegação noturna foi proibida no Rio Grande do Norte”, afirmou.
Fonte: Portos e Navios