Notícias | 4 maio, 2025
Frota de apoio reuniu 84% de embarcações com bandeira brasileira no 1º trimestre

Unidades de apoio offshore somaram 459 embarcações navegando em AJB, segundo relatório Syndarma/Abeam. PSVs e OSRVs corresponderam a 47% da frota total em março
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras fechou o trimestre com um total de 459 embarcações em março, mesma quantidade registrada em janeiro e fevereiro e 25 unidades a mais do que em março de 2024. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 386 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 73 de bandeira estrangeira, na posição de março de 2025.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 207 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 91 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
As embarcações com bandeira nacional representam 84% da frota de apoio offshore, ante 83% em janeiro e fevereiro, enquanto 16% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Em janeiro e em fevereiro, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 459 embarcações, das quais 382 de bandeira brasileira e 77 de bandeiras estrangeiras.
De acordo com a publicação, a frota em março era composta por 47% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 216 barcos. Outros 14% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que agora correspondem a 63 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 62 unidades no período (14%), enquanto 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 25 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 17 PLSVs (lançamento de linhas).
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 77 unidades (12 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência com, respectivamente, 25 e 24 barcos de pavilhão nacional em suas frotas. A Starnav também aparece com 23 embarcações de bandeira brasileira. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) surge com 22 barcos de apoio, seguida pela OceanPact, com 21 unidades.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 54 PSVs/OSRVs, 12 AHTS, 3 MPSVs, 2 PLSVs e 2 RSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em março, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.
Fonte: Revista Portos e Navios