Notícias | 2 outubro, 2025
Contrato da sonda da Bacia Foz do Amazonas termina em outubro
A embarcação NS-42 está alocada na região onde a Petrobras quer perfurar o campo Morpho, na Margem Equatorial do Amapá. Caso o contrato acabe antes da licença de perfuração do Ibama sair, a unidade não poderá ser substituída
A Petrobras tem um novo desafio pela frente para conseguir levar adiante o plano de explorar a Margem Equatorial da Bacia da Foz do Amazonas. Vence em outubro o contrato com a Foresea de afretamento da sonda NS-42, também chamada ODN-II. Usada no simulado de emergência exigido pelo Ibama, a sonda não pode ser substituída no projeto.
Enquanto aguarda a liberação da licença do Ibama para perfurar o primeiro poço, o Morpho, em lâmina d’água de 2,8 mil m e a 175 km da costa do Amapá, a Petrobras negocia com a Foresea. Atualmente, a NS-42 está parada na Bacia da Foz do Amazonas, onde foi usada durante a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), o último passo antes da obtenção da licença.
O Ibama deu o sinal verde para a APO da Petrobras, mas pediu à empresa ajustes no Plano de Proteção à Fauna (PPAF), enviados ao órgão ambiental na última sexta-feira, 26. Entre as mudanças solicitadas estava uma melhoria na estratégia para executar o plano de comunicação do impacto transfronteiriço.
Além disso, o Ibama exigiu que a Petrobras simule novamente o PPAF. Mas isso deve ser feito durante a fase de perfuração do poço.
A NS-42 é reconhecida no mercado por suportar operações intensas e contínuas. Com 238 m de comprimento e uma torre de perfuração de 64 m de altura, a embarcação é equipada com ferramentas essenciais à atividade em áreas com fortes correntes submarinas, que permitem minimizar o esforço sobre os equipamentos instalados no fundo do mar. Por isso, a unidade tem sido usada pela Petrobras em bacias sedimentares mais complexas.
Construída em 2012, a embarcação era originalmente da Odebrecht Óleo e Gás, mas passou a compor a frota da Foresea após a reestruturação da empresa.
Fonte: Brasil Energia
