Notícias | 6 fevereiro, 2025
Chambriard cobra tempestividade e mão de obra a fornecedores
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A presidente da Petrobras convocou a cadeia produtiva a ajudar a “empurrar o Brasil” em reunião com empresários para pedir que se preparem para o crescimento das contratações de bens e serviços pela empresa até 2029
A indústria fornecedora brasileira de bens e serviços precisa responder de forma “tempestiva” à demanda da Petrobras, “se não, não vai chegar a lugar nenhum”, segundo a presidente da companhia, Magda Chambriard. Em evento com executivos, no Rio, na terça-feira, 4, ela cobrou dos empresários a capacitação de mão de obra nos estados onde atua e compartilhou a preocupação em “ajudar a empurrar o PIB brasileiro”.
“A indústria tem que estar pronta e os trabalhadores têm que estar capacitados, porque, se não, de novo, não vamos chegar a lugar nenhum. O sucesso da Petrobras depende da indústria responder à demanda. Mas não basta só responder à demanda. Tem que responder de forma tempestiva”, disse a presidente da empresa, durante o Fórum Brasil de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIrjan) e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a pedido da estatal, para mostrar ao mercado as encomendas que deve fazer nos próximos anos.
A gestão de Chambriard à frente da Petrobras é marcada pela retomada da política de governo de posicionar a empresa como indutora de desenvolvimento econômico e social. A petrolífera assumiu esse compromisso nos mandatos petistas do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. O papel, no entanto, foi abandonado com a Lava Jato e retomado agora.
“Vamos pisar no acelerador. Estamos colocando no mercado um dinheiro 35% maior do que a gente vinha colocando antes. É por isso que a gente tem que estar muito bem preparado, tanto internamente quanto no relacionamento com a cadeia produtiva, que precisa estar preparada e a postos para que a gente possa, realmente, entregar para a sociedade o que nós estamos prometendo”, afirmou Chambriard.
A Petrobras planeja investir US$ 111 bilhões até 2029, dos quais US$ 20 bilhões irão para as áreas de refino, transporte e comercialização. Entre os investimentos nesses segmentos, a presidente da petrolífera citou, especialmente, os direcionados à transição energética, etanol, gasolina carbono neutro, diesel e combustível de aviação coprocessados a partir de óleo vegetal e células fotovoltaicas em refinarias. A empresa também pretende voltar ao mercado de fertilizantes e intensificar a sua participação na indústria petroquímica.
No refino, o plano é ampliar a capacidade de produção de derivados de petróleo em 450 mil barris por dia (bpd), o equivalente a cerca de duas Refinarias de Duque de Caxias (Reduc). A Rnest, em Pernambuco, e o Complexo de Energias Boaventura, no Rio, concentram a maior parte das obras. O primeiro trem da Rnest foi concluído em dezembro do ano passado e o segundo está sendo licitado. Apenas na primeira fase de ampliação da refinaria, a Petrobras aumentou a produção de diesel em 25 mil bpd.
Fonte: Brasil Energia