Notícias | 7 fevereiro, 2025

Brasil reduz emissões no transporte aquaviário em meio à expansão do setor

Levantamento da Antaq aponta queda de 7,68% nas emissões de carbono entre 2021 e 2023

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou, na última quarta-feira (5), o primeiro Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Setor Aquaviário, apontando uma redução de 7,68% nas emissões de carbono entre 2021 e 2023. O levantamento mostra que, apesar do aumento da cabotagem (4,1%) e da navegação interior (14,4%), as emissões caíram de 2,99 milhões para 2,76 milhões de toneladas de CO₂. O resultado foi atribuído à melhoria na qualidade dos combustíveis e à redução do teor de bunker na mistura.

“Para sabermos se estamos avançando na pauta de transição energética, a primeira coisa é entender quanto nós emitimos. Esse é o propósito do inventário”, afirmou o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery. O inventário divide as emissões em três frentes: diretas dos portos, indiretas (arrendatários, fornecedores e navios) e consumo de eletricidade.

Segundo a superintendente de ESG e Inovação da Antaq, Cristina Castro, a metodologia adotada segue padrões internacionais e passou por consultas a especialistas. Além da apresentação do inventário, a Antaq firmou um Acordo de Cooperação Técnica com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e protocolos com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Eletrobras e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), visando aprimorar a coleta de dados e impulsionar estratégias para reduzir emissões no setor.

O presidente da CNT, Vander Costa, destacou a importância do transporte aquaviário como alternativa sustentável. “A CNT defende o desenvolvimento da cabotagem e das hidrovias, que são essenciais para um transporte mais sustentável”, disse.

Para complementar a iniciativa, a Antaq lançou o Guia de Descarbonização do Setor Aquaviário, que apresenta diretrizes alinhadas às metas da Organização Marítima Internacional (IMO). O documento reúne ações para reduzir a pegada de carbono e promover a transição energética no setor.

Fonte: Revista Portos e Navios