Notícias | 30 janeiro, 2025

América do Sul será a principal região dos FPSOs nos próximos anos

A Rystad Energy aponta que um terço dos FPSOs serão alocados na região, com a Petrobras e a ExxonMobil liderando os pedidos de novas unidades

Nos próximos cinco anos, cerca de um terço dos FPSOs contratados globalmente têm a perspectiva de alocação em projetos na América do Sul, prevê a Rystad Energy em relatório divulgado na segunda-feira (27). A Petrobras e a ExxonMobil continuarão sendo as principais operadoras nos pedidos de novos FPSOs.

Segundo a consultoria, a América do Sul é a líder no mercado de FPSO nos últimos cinco anos, com a Petrobras e a ExxonMobil representantes de 85% da demanda regional.

Apesar do crescimento da reformulação, realocação e reutilização dos FPSOs desde o início de 2022, há contínua predileção na região pela implantação de novas unidades, principalmente para projetos de grande escala em águas ultraprofundas do polígono do pré-sal no Brasil e no offshore da Guiana. Entre 2020 e 2024, foram premiados 20 FPSOs, sendo 15 no Brasil, quatro na Guiana e um no Suriname.

A Petrobras é responsável por 11 deles: Marechal Duque de Caxias (em operação no campo de Mero, desde outubro); Alexandre de Gusmão (em direção ao Brasil desde dezembro, com início previsto em Mero ainda em 2025); Almirante TamandaréP-78, P-79, P-80, P-82 e P-83 (todos para o campo de Búzios, com início previsto, respectivamente, para 2025, 2026 e 2027); P-84 e P-85 (para os projetos de Atapu 2 e Sépia 2, com início em 2029 e 2030); e o Maria Quitéria (em operação no campo de Jubartedesde outubro). Todos os campos mencionados estão localizados na Bacia de Santos, a não ser Jubarte, que está na Bacia de Campos.

Os FPSOs Bacalhau e Raia serão destinados aos campos homônimos operados pela Equinor nas bacias de Santos e Campos, respectivamente. A previsão de início da produção é para maio de 2025 e 2028. Os dois últimos são o FPSO Atlanta, que começou a produção no campo de mesmo nome da Brava Energia no final de dezembro, e o FPSO do desenvolvimento de Maromba, em construção no estaleiro da Cosco (China) para operar no campo da BW Energy.

Quatro dos FPSOs são para campos no bloco Stabroek, operado pela ExxonMobil. O único destes em produção, desde 2023, é o Liza Prosperity, no campo de Payara, enquanto os outros três estão em construção (FPSO Jaguar, para Whiptail; FPSO One Guyana, para Yellowtail; e FPSO Errea Wittu, em Uaru).

Por fim, o FPSO GranMorgu, que entrará em atividade no desenvolvimento de mesmo nome. O objetivo da TotalEnergies na área localizada no Bloco 58, no Suriname, é desenvolver as descobertas de petróleo de Sapakara e Krabdagu.

Além dos projetos no Brasil e na Guiana, novos desenvolvimentos e a contínua exploração em áreas fronteiras proporcionam um aumento na demanda por FPSO nessas regiões. Um exemplo é o projeto Sea Lions, nas Ilhas Malvinas, que possui expectativa de progresso a partir da decisão final de investimento (FID), para, assim, entrar na fase de desenvolvimento.

Fonte: Brasil Energia