Notícias | 15 agosto, 2025
1º óleo de Wahoo está previsto para março de 2026

O CEO da Prio, Roberto Monteiro, informou em reunião de resultados trimestrais que o CSV Amazon, da McDDermott tem expectativa de chegar ao Brasil em setembro para o lançamento das linhas do sistema de produção
Por Fernanda Legey
O 1º óleo de Wahoo está previsto para março de 2026, estimou o CEO da Prio, Roberto Monteiro, durante reunião de resultados trimestrais da companhia nesta quarta-feira (6). Esta é a segunda prorrogação de prazo da companhia para o início da produção, sendo as datas anteriores agosto de 2024 e dezembro deste ano.
O CEO também informou que a embarcação que fará o lançamento das linhas do sistema de produção de Wahoo está previsto para chegar ao Brasil em setembro. A atividade será feita pelo CSV Amazon, da McDermott. De acordo com Monteiro, a embarcação está em um estaleiro na África do Sul.
Em julho, o Ibama emitiu a licença prévia (LP) para o sistema de desenvolvimento da produção do campo e para a interligação de poços do campo ao FPSO Valente (antigo FPSO Frade), que já opera no campo de Frade, na Bacia de Campos. Monteiro informou que já fizeram o pedido ao Ibama para a licença de instalação (LI), bem como esperam que seja concedida em breve.
O sistema de desenvolvimento da produção do campo de Wahoo compreende a interligação submarina (tie-back) de até 11 poços – sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes – ao FPSO Valente. A Prio iniciou a perfuração de dois dos quatro poços produtores no campo de Wahoo em março deste ano.
A perfuração do primeiro poço ocorreu bem, disse Roberto Monteiro. “Dentro de todas as variáveis que encontramos, algumas coisas um pouco melhores outras piores, no frigir dos ovos a nossa expectativa se mantém em 10 mil bpd nesse poço”, disse ele.
Atualmente, ainda estão em atividade de perfuração do segundo poço. Segundo o CEO, a companhia ainda não chegou ao topo do sal do ativo, contudo, será necessário retirar a sonda da operação e direcioná-la ao poço 6 do campo de Tubarão Martelo, a fim de realizar um workover.
Somente farão isso quando chegarem ao topo do sal do segundo poço. Além disso, após concluir o workover, a sonda retornará à Wahoo.
Closing de Peregrino
A Prio prevê que o closing de Peregrino poderá acontecer entre dezembro deste ano e julho de 2026. Segundo o CEO, caso a ANP aprove a aquisição de 60% do campo até dezembro, a Equinor, pelas regras do contrato, pode escolher a data nessa janela de tempo.
“A razão disso é porque a Equinor está desenvolvendo Bacalhau; tem a questão dela casar isso com Bacalhau”, explicou Roberto Monteiro. Da parte da Prio, o trabalho está sendo feito para estar pronto já em dezembro. Além disso, a Equinor tem interesse em antecipar para dezembro ou janeiro.
O Cade aprovou a aquisição da parcela de 40% do campo, que corresponde à primeira parte da compra dos 60% restantes de Peregrino. Ainda falta adquirir os outros 20%. Se tudo for aprovado, o campo de Peregrino passará a ser detido e operado integralmente pela Prio, tendo em vista que a companhia adquiriu os 40% de participação da Sinochem no ano passado, em uma transação avaliada em US$ 1,915 milhão.
Lucro do 2T25 cai 43,6% sobre trimestre anterior
A Prio registrou lucro líquido no 2T25 de US$ 153,7 milhões, queda de 43,6% e 55,3% frente ao mesmo período no ano passado (R$ 272,8 milhões) e ao trimestre anterior (R$ 344,7 milhões). A receita da empresa no 2T25 ficou em R$ 508 milhões, 30% menor que a registrada no 2T24 (R$ 727,5 milhões) e no mesmo percentual em relação ao 1T25 (R$ 726,6 milhões).
A companhia explicou o resultado principalmente pela redução da receita, reflexo da queda de 22% no preço do Brent em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o volume de vendas diminuiu 4% frente ao 2T24.
Fonte: Brasil Energia